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Vacina contra HPV
Vacina contra HPV
Fonte:<http://www.info4.com.br/gomateria.asp?cod=117053&nome=1852&cliente=1852>
Agência Europeia estende a indicação da vacina quadrivalente para prevenção de cânceres ginecológicos e verruga genital para mulheres a partir de nove anos de idade.
Agência Européia de medicamentos (EMA) acaba de ampliar a indicação da vacina contra o papilomavírus humano (HPV), para mulheres a partir de nove anos de idade, em todas faixas etárias, ao longo da vida. O medicamento já era indicado para meninas e mulheres de nove a 26 anos.
A vacina quadrivalente é a única que protege contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18).O parecer é favorável para a prevenção de lesões genitais no colo do útero, vulva e vagina relacionadas aos tipos 16 e 18 de HPV, além da proteção contra verrugas genitais.
No Brasil, o cancêr de colo do útero é a principal causa de morte entre todos os tipos de cancêr, segundo dados da organização mundial da saúde (OMS), de 2009, na faixa etária de 15 aos 44 anos. Cerca de 70% dos casos do câncer de colo do útero são causados pelos tipos 16 e 18 do HPV, que é a doença sexualmente transmissivel viral (DST) mais frequente – atinge mais de 630 milhões de pessoas no mundo. Todos os anos, ao redor do planeta, 500 mil mulheres são diagnosticadas com o câncer de colo do útero e cerca de 250 mil morrem vítimas da doença.
Certos tipos de HPV são relacionados ainda com outros tipos de doença. Estima-se que os tipos 16 e 18 do vírus causem também de 40% a 50% dos cânceres vulvares e 70% dos cânceres vaginais, bem como 85% dos casos de cancer anal. Os tipos 6 e 11 causam 90% das verrugas genitais e cerca de 10% das lesões iniciais do colo do útero. Para se ter uma ideia, oito em cada dez indivíduos sexualmente ativos entrarão em contato com o vírus no decorrer de suas vidas.
Ao longo da vida, mulheres de todas as idades ficam continuamente expostas ao risco de contrair infecções e doenças relacionadas ao HPV. Com mais de 25 anos, observa-se avanço da infecção persistente pelos vários tipos do vírus.
Os resultados sugerem que os anticorpos gerados durante a infecção natural podem não fornecer proteção completa com o passar do tempo e que a resposta imune à vacina previne a reinfecção ou reativação da doença pelos tipos de HPV 6, 11, 16,18.
Sobre a vacina
A vacina contra o HPV é a única que protege contra quatro tipos do HPV (6,11,16 e 18). Os estudos em mulheres jovens tem demonstrado uma eficácia na prevenção das lesões associadas a esse quadro vírus de 99% a 100%.
Atualmente, é indicada, no Brasil, para meninas e mulheres de nove a 26 anos, para a prevenção de cânceres de colo do útero, de vulva e de vagina calsados pelo HPV dos tipos 6 e 11 e das lesões pré-cancerosas ou neoplásicas pelo HPV dos tipos 6, 11, 16 e 18.
Recentemente, novos estudos têm mostrado alta eficácia da vacina em mulheres de até 45 anos e em homens até 26 anos. A ampliação da indicação da vacina no Brasil para mulheres adultas e homens está sendo avaliada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Câncer de colo do útero é o que mais mata no Brasil
“É importante lembrar que o HPV pode permanecer no organismo sem qualquer sintoma por meses e até anos. Os tumores malignos, por exemplo, podem demorar de 10 a 20 anos para se desenvolver.
A probabilidade de contágio do HPV é alta, varia de 50% a 80%, e o vírus pode ser transmitidos mesmo que esteja latente (sem manifestação visível).
A maioria dos tipos de HPV não causa nenhum tipo de sintoma e desaparece espontaneamente sem tratamento, o que significa que muitas pessoas não sabem que são portadoras. No entanto, se houver muitas ocasiões de contato, além de fatores de risco, como falha no sistema imune, por exemplo as lesões podem instalar-se”, explica a pesquisadora do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, Luisa Lina Villa.
Durante a vida, mulheres e homens de todas as idades ficam continuamente expostos ao risco de contrair infecções e doenças relacionadas ao HPV. O perigo está no fato de que o HPV leva de dois a oito meses após o contágio para se manifestar, mas podem passar diversos anos antes do diagnóstico de uma lesão e é impossivel determinar exatamente quando um indivíduo foi infectado.
Em mulheres com mais de 25 anos, observa-se avanço da infecção pelo HPV, além de aumentarem as chances de contrair infecção persistente pelos vários tipos de vírus. “O tratamento das lesões percursoras de cancêr é invasivo, podendo interfirir na fertilidade da mulher e, no caso do cancêr de colo do útero, pode levá-la a morte”, ressalta a Dra. Luisa, uma das maiores especialidades em HPV do mundo.
Estudos sugerem que os anticorpos gerados durante a infecção natural podem não fornecer proteção completa com o passar do tempo e que a resposta imune à vacina previne a reinfecção ou reativação da doença pelos tipos de HPV 6, 11,16 e 18.