Blog
VOLTAR

Estudo associa vacinação contra H1N1 à redução dos casos de síndrome de Guillain-Barré

Um estudo apresentado em abril no Encontro Anual da American Academy of Neurology indica que, após a campanha de vacinação contra o vírus H1N1 em 2009 nos Estados Unidos, foram relatados menos casos de uma doença neurológica chamada síndrome de Guillain-Barré.
 

Disturbio raro caracterizado pelo ataque do sistema imunológico a partes do sistema nervoso periférico, a sindrome de guillain-barré causa formigamento em braços e pernas. Embora ainda não estejam claras as causas da condição, sabe-se que cerca de dois terços dos pacientes desemvolvem a sindrome dias ou semanas após terem diarréia ou doença respiratória. De acordo com os especialistas, com exceção da vacina contra a gripe suína utilizada em 1976, nenhuma vacina contra o influenza foi associada claramente à síndrome, e por isso, não era esperado esse efeito com a nova vacina.
 

Analisando dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (DCD) e da Food and Drug Administration (FDA), os pesquisadores descobriram que houve 35 registros de síndrome de Guillain-Baré no país após a vacinação, no final do ano de 2009 - representando 3,5 casos por 10 milhões de pessoas vacinadas. O número de casos após a vacinação para a gripe comum, por outro lado, foi de 57 - representando cerca de 7,3 casos da síndrome por 10 milhões de pessoas vacinadas. E é estimado que a taxa da síndrome na população geral seja de um a quatro casos por 100 mil pesoas por ano.
 

Os pesquisadores destacam que todos os casos, exceto um, foram registrados com seis semanas de vacinação, com 23 casos ocorrendo nas primeiras duas semanas após a imunização. Houve apenas um caso de morte e um de incapacidade entre os 33 pacientes hospitalizados.
 

"Embora preliminarmente, esses casos de síndrome de Guillain-Barré relatados não parecem mostrar um aumento no risco de síndrome de Guillain-Barré acompanhando a vacinação de 2009 contra o H1N1 ou contra a gripe sazonal, e o registro de segurança dessas vacinas é excelente", explicou Nizar Souayah, líder do estudo. "O CDC, a FDA e neurologistas ao redor do mundo estão continuando o monitoramento de perto de pessoas após a vacinação para esta doença", complementou.
 

De acordo com o Sistema de Registro de Eventos Adversos de Vacina da FDA, houve relatos voluntários de eventos adversos por parte de fabricantes, fornecedores e cuidadores, mas não é possível estabelecer uma relação de causa e efeito, pois esses eventos, muitas vezes, são subnotificados ou superestimados. Por isso, mais análises são necessárias.
 

Fonte: American Academy of Neurology´s 62nd Annual Meeting. Press release.
13 de abril de 2010.

  • COMPARTILHE

Últimas notícias

VER TODAS

Avanços na Compreensão da Covid Longa

Quatro anos se passaram desde que a pandemia de Covid-19 mudou nossas vidas, e ainda hoje, cientista...

LEIA MAIS

Tuberculose no Brasil: Um Alerta para a Saúde Pública

A tuberculose, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, segue sendo um d...

LEIA MAIS

Uma Nova Jornada de Saúde Começa Quando Você Decide Parar de Fumar

Sabia que parar de fumar pode transformar sua vida e saúde mais rápido do que imagina? Um estudo r...

LEIA MAIS

Instagram

VER TODAS
Icone - Receba nossas novidades Receba nossas novidades
Fique tranquilo, não enviamos SPAM.
WhatsApp