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Vacina mais cara na rede privada

 

Atraso na liberação da vacina e produção insuficiente alegadas pelas produtoras norteam custo da vacina anti influenza trivalente no Brasil.

(Jornal Zero Hora)

No ano em que se pode esperar uma demanda maior por vacinas contra gripe, elas vão estar bem mais caras na rede privada. A expectativa de clínicas de imunização, onde as doses devem chegar nos próximos dias, é de que o custo fique entre R$ 100,00 e R$ 12000. No ano passado, era possível se vacinar por R$40,00 a R$50,00.


 

O preço se multiplicou porque a vacina que chegará neste ano às clínicas é trivalente. Protegerá contra gripe A e contra duas cepas do vírus sazonal. No ano passado, defendia apenas contra a variante sazonal. A previsão das clínicas é de que não haverá no mercado vacinas só contra a gripe A ou só contra a gripe comum. Significa que quem não está incluído nos grupos de risco do Ministério da Saúde terá de fazer um desembolso considerável para se imunizar. Estão nesse universo crianças com mais de dois anos, adolecentes e adultos dos 40 aos 59 anos.


 

Quer dizer, também, que as pessoas incluidas na campanha pública que quizerem se vacinar contra todas as variedades do influenza terão de tomar de novo a vacina que jé tomaram, tendo uma despesa desnecessariamente elevada. Na campanha do ministério, quem está em grupo de risco recebe apenas a vacina contra a gripe A, enquanto os idosos, se não tiverem complicadores associados, tomam apenas a vacina contra a sazonal.


 

O preço da vacina é bastante alto e dificulta o acesso. O ideal seria poder fazer, na rede privada, vacina só contra a gripe A – diz o infectologista André Luiz Machado da Silva.


 

O alto custo pode significar, em alguns estratos da população, uma queda na busca por proteção. No geral, pode haver uma expansão do vírus sazonal, já que seria desinteressante pagar até R$120,00 por uma vacina contra ele para os milhões que vão se imunizar na rede pública contra o H1N1. Ao calcular o custo-benefício, a população pode achar que não vale a pena desembolsar tanto para se proteger também contra um vírus que representa menos de 10% dos que estão em circulação.


 

Especialistas, contudo, acreditam que não há motivo para maior preocupação. Machado da Silva observa, por exemplo, que há uma tendência de que, nas epidemias, o vírus predominante se sobreponha aos outros por até três anos – uma garantia de que uma influenza sazonal não se expandirá muito. Francisco Paz, diretor do Cevs, afirma que não há razão para sobressalto porque as populações que estão em risco – para o H1N1 ou para o influenza comum – foram contemplados nas campanhas públicas de vacinação.


 

Que deve se vacinar poderá se vacinar de forma gratuita – assegura.


 

Mesmo assim, para quem quiser ficar 100% protegido, o diretor da Clínica Imune, Ricardo Feijó, observa que não existe risco algum de receber a vacina na rede pública e logo em seguida se imunizar com a trivalente.

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