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Seu bebê demora muito para se recuperar de um resfriado? A ciência explica.

Matéria de: Juliana Malacarne da Revista Crescer (matéria original aqui)

Os bebês que têm uma maior variedade de bactérias no nariz se recuperam mais rápido de resfriados, de acordo com estudo da Universidade do Hospital da Criança na Basileia, Suíça publicado no ERJ Open Research neste mês. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão ao analisar amostras do muco nasal de 167 bebês, quando eles demonstraram os primeiros sinais de um resfriado e três semanas depois.

Os cientistas testaram a presença de vírus, como o da gripe, e identificaram os tipos de bactérias presentes. Os bebês que apresentaram menor variedade de bactérias e um grande número de microorganismos das famílias Moraxellaceae ou Streptococcaceae tiveram uma recuperação mais lenta do que os pequenos com maior variedade.

De acordo com Manoela Reimann Agne, pneumologista pediatra, do Hospital Dia do Pulmão, em Blumenau (SC), a visão da comunidade científica em relação às bactérias tem mudado muito ao longo dos anos. “As bactérias costumavam ser vistas apenas como causadoras de doenças, porém, cada vez mais pesquisas comprovam que muitas delas habitam nosso corpo e podem ter um papel importante para a saúde. Essas bactérias ‘do bem’ competem com microorganismos causadores de infecções, ajudando a evitar que eles se multipliquem e causem doenças. Estudos também apontam que essas bactérias podem estimular o sistema imunológico e reduzir alergias (inclusive as respiratórias, como a asma, por exemplo)”, explica.

Os pesquisadores do estudo esperam que, a longo prazo, ele possa ajudar a definir o que é uma microbiota saudável e como cada tipo de bactéria atua. A pneumologista pediatra Manoela, ressalta que o parto normal e o aleitamento materno são maneiras já conhecidas de fortalecer as bactérias “do bem” no organismo das crianças. “A exposição das crianças a microorganismo através do contato com o ambiente também aumenta a diversidade das bactérias que habitam o corpo e ajudam a protegê-las, por isso não é necessário manter a criança em um local totalmente limpo e estéril ou impedi-las de brincar na terra. Alimentação saudável, controle no consumo de açúcar e exercícios físicos, também são grandes aliados da microbiota”, conta.

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