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Dia Mundial de Combate à Asma

A asma representa um importante problema de saúde. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com asma no mundo e, no Brasil, cerca de 20 milhões. A inflamação crônica das vias aéreas é responsável pelo quadro clínico e pelas alterações da função pulmonar e diversos fatores desencadeantes ou agravantes são apontados como responsáveis pela dificuldade de controle.

A asma não tem cura, mas atualmente existe um vasto arsenal medicamentoso que possibilita o controle adequado da doença. Por outro lado, os dados relativos à falta de aderência ao tratamento mostram a necessidade de ampliar o conhecimento dos pacientes, com acesso à educação sobre a doença e o papel do tratamento. Entretanto, 5 a 10% dos asmáticos podem apresentar doença de maior gravidade, com dificuldade de atingir o controle.

Os principais objetivos do tratamento da asma são o bom controle dos sintomas, preservação da função pulmonar, redução do risco de exacerbação e dos efeitos colaterais do tratamento, bem como proporcionar manutenção das atividades de vida diária, incluindo realização de atividade física. Vale lembrar que as gestantes asmáticas devem receber tratamento adequado, uma vez que o não controle da asma durante a gestação pode resultar em desfechos negativos tanto maternos quanto fetais. 

Nas últimas décadas ocorreram grandes avanços nas pesquisas, o que resultou em melhor entendimento da doença e no desenvolvimento de um grande arsenal terapêutico. Entretanto, dados mostram que o controle da asma ainda deixa muito a desejar e que 3 pessoas ainda morrem por dia por asma no Brasil. Essa realidade deve nos estimular a uma reflexão sobre o nosso papel quanto especialistas na ampla divulgação de informações sobre a doença, promoção de educação do paciente e de acesso à medicação.

A grande maioria dos pacientes apresenta boa resposta ao tratamento. Entretanto, alguns desafios ainda precisam ser vencidos e entre eles estão: melhorar o acesso ao tratamento; conscientização do paciente com o objetivo de solucionar o problema da falta de aderência ao tratamento; atuar para desmistificar o uso da medicação inalatória (“bombinhas”) e investir na realização de pesquisas com o objetivo de investigar características e fatores de risco para resposta inadequada ao tratamento e evolução com doença grave.

Fonte:
Dra. Regina Maria de Carvalho Pinto
Pneumologista, subcomissão de Asma da SPPT e médica assistente da divisão de Pneumologia, Grupo de Doenças Obstrutivas - InCor / HC FMUSP

(Dra. Eloara Campos - Diretora de Divulgação SPPT 2018/2019)

www.ginanobrasil.org.br - http://www.incor.usp.br/sites/incor2013/videos/asma-dpoc/

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